Sonetos : 

«« Farrobodó ««

 
Contra marés intemperadas cai
Um sujeito levando a barcaça
Como a gaivota cruzando céus infernais
Seu corpo desliza igual a carcaça

Vai esta terra contra a corrente, um ai
Brota das gargantas secas é desgraça
A fome paira sob a cabeças, são demais
As medidas, o povo ficou sem graça

Ai Portugal de tristes marés negras
Escorregas e bates no fundo sem dó
O povo perde as vestes e por fim as calças

De tantos buracos feitos no cinto só
Resta a fíbula, se foi a pele por entre as nesgas
De uns tantos que entraram no farrobodó


Antónia RuivoOpen in new window

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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
Chiara
Publicado: 05/11/2010 02:54  Atualizado: 05/11/2010 02:54
Muito Participativo
Usuário desde: 04/11/2010
Localidade: perto de mim
Mensagens: 90
 Re: «« Farrobodó ««
perdemos as nossas também aqui.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 05/11/2010 08:03  Atualizado: 05/11/2010 08:03
 Re: «« Farrobodó ««
Ola Antonia, um soneto que denuncia a ma' gerencia dos politicos Portugueses! Mas eu sou muito optimista e ja vislumbro a recuperacao economica do nosso Pais, mesmo ali ao virar da esquina..rs! Sejamos positivos e esperancosos! E viva a Amareleija! Gostei imenso de ler o seu soneto. Beijos!

Enviado por Tópico
Nanda
Publicado: 05/11/2010 08:11  Atualizado: 05/11/2010 08:11
Membro de honra
Usuário desde: 14/08/2007
Localidade: Setúbal
Mensagens: 11076
 Re: «« Farrobodó ««
Antónia,
Mas o que farrobodó!
Gosto do soneto, assertivo.
Beijinho
Nanda