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Às margens do Rio Paraguai III

 
Era uma noite atípica para a região
Um vento suave e frio
Balançavam as folhas das árvores na baia
E os cabelos das meninas no cais.
Casais se aconchegavam
Crianças corriam pela praça
Enquanto outros ouviam música no calçadão.
Sonhos de pessoas a passear na noite
Estampados nos rostos singelos de vidas.
Às margens do Rio Paraguai
Vi crianças brincarem ao som da lata
Como se o mundo as pertencessem.
Jovens de mãos dadas e juras de amor nos olhares.
A brisa suave que vinha da natureza
Refrescava a alma de um jovem poeta
Que observa as pessoas caminharem.
Seu pensamento o leva há tempos imemoriais
Quantos casais se conheceram nessa praça?
As águas do Rio Paraguai descem silenciosas
São as lágrimas de princesas aladas
Que choram amores perdidos na longa noite da História.
Não vi estrelas nessa noite
Elas estão encobertas pelas nuvens
E a brisa suave chega a arrepiar o corpo.
Busco contemplar minha imagem nas águas
Tal qual Narciso de outrora
Mas não me vejo tão imortal assim.
Imagino uma canção que expresse o sentimento
De apreciar a beleza desse lugar.
Quantas almas já estiveram nesse espaço
Imaginando um futuro para suas vidas?
A eternidade é vista no reflexo das águas
Enquanto a noite se vai.
Às margens do Rio Paraguai
Sinto a brisa suave dessa noite
Diferente das noites de calor
Ela tem um brilho especial e singelo.
Estamos aqui porque amamos esse chão
E essa é a canção de hoje...


Odair José
Poeta e Escritor Cacerense.

http://odairpoetacacerense.blogspot.com
 
Autor
Odairjsilva
 
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