Poemas : 

Desabafo

 
Vou considerar que és um vulto. Uma Sombra. Vou considerar que persegues, mas não me tocas. E vamos a passos lentos para longe. E vamos os dois para caminhos opostos. Somos dois pólos. Somos dois ''eu''s.
Eu queimo o frio ao pensar em ti. Fico sem palavra, perto de ti. Eu não devia fazer isto. Não devia escrever isto. Mas eu sou Louco e sem Censura. Por mim, andariam homens com homens, mulheres com mulheres, homens com mulheres. Padres pregando as interpretações de uma matéria, de um livro escrito por homens, com a palavra de Deus?
Guerras santas?
Quando é que uma guerra pode ser santa e pacífica, quando são martirizadas milhares pessoas, homens, mulheres, crianças e idosos. Que vergonha!
Que vergonha que eu tenho da minha própria raça! Que leva sem pedir.
Que grita sem conseguir...
Aqui falo da realidade! Aqui ninguém é alguém. Somos todos ninguém. Eu sou Louco!!! Somos Todos!
E?
Há liberdade, ou deveria haver.
Calem-se os Tabus, a conservação de algo mal contado. Nasci livre e exijo morrer livre.
Não existem leis.
Não existem pecados, nem mandamentos, nem complexidades.
Já dizia Amália que ser-se simples é ser-se complicado, e quão simples são vós!
Eu canto o que quiser!
Eu digo o que quiser!
E digo que te Amo!!!
Eu digo que Basta!!!
E eu grito que se Calem!!!
Parem!!!!
Calem os murmúrios, os burburinhos, os cochichares, as fofocas!
Isto é um desabafo!
Como todos os outros!
E não julguem que a poesia é rendida a regras!
Nós, escritores, poetas! É que escolhemos se usamos virgula ou ponto. Se prezamos um ou cinquenta versos!! Catorze estrofes em uma!!!
Estou farto de criticar, porque também me critico!!!
Ninguém é prefeito!!! Errai e vivei!!
Que a vida só são dois dias e para a maioria faltam apenas horas.
Até ao fim!!


Pedro Carregal

 
Autor
PedritoDomus
 
Texto
Data
Leituras
583
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.