Poemas : 

PASSAGEM

 
Tags:  Labiríntimos  
 
Firo-me, no fio que corta
o ontem do amanhã.
Nem sei se é sangue o que choro,
ou seiva dos espinhos que decepo
à passagem entre mim
e as escarpas do meu tempo.
Tacteio e sigo,
sem sequer saber se passo,
se me despeço,
se me alcanço,
se me desfaço...

(só sei que, à partida,
há luz na chegada)


Teresa Teixeira


 
Autor
Sterea
Autor
 
Texto
Data
Leituras
996
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
12 pontos
4
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
GeMuniz
Publicado: 02/12/2010 23:28  Atualizado: 02/12/2010 23:28
Membro de honra
Usuário desde: 10/08/2010
Localidade: Brasil
Mensagens: 7283
 Re: PASSAGEM
Tu transmites no teu belo poema o que é preciso saber à partida. E sempre há uma partida... Além disso não há o que saber mesmo...rs

bj Sterea


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/12/2010 10:25  Atualizado: 03/12/2010 10:25
 Re: PASSAGEM
Sterea, o presente abrindo-te a ferida, separando a carne rasgada ou as alas do passado e do futuro.Contudo, numa poética surpreendente. o final de oiro costura a rotura, com luz! Belíssimo!
Bjs.