Odeio-te!
Parem os exércitos que teimam em lutar contra mim! Desliguem o veneno dos meus olhos. O veneno do coração...
Como irei parar o ciume? Pararei com desgosto. E o desgosto ficará comigo, e não sei o que digo.
Odeio-te! Mais do que ninguém! Por não me amares. Por jogares um jogo de xadrez com os dois lados! Por lançares o barco contra a maré! Eu odeio-te!
Odeio esse teu ar que me faz sonhar e sentir durante a noite. Odeio o teu olhar que me faz quebranto, que me apaixona tanto...
Odeio os teus cabelos que se assemelham à aventura da perdição, do fingimento. Causas paixão. Odeio...
Odeio-te sem sentido. Odeio-te, é tudo o que te digo. É eterno e pequenino o Ódio!
Mas deixa-me parar! Morrer e desanvançar. Perder-te por te odiar.
Odeio-te!
Pedro Carregal