Poemas -> Amor : 

Nosso outono amor!

 
È outono...
E quando olho através do vidro
Da janela do meu quarto

E ouço o vento soprando...
Olho as folhas amareladas
A caírem como plumas

E, eu a olhar...
Em cada folha que cai
Vejo o reflexo de seu rosto

Abro a janela...
E tento pega-la, mas que agonia...
É somente em meu pensamento

Quando a sinto na mão...
Sua imagem desaparece...
Como que por encanto

Mesmo assim continua a olhar...
Na esperança de teu rosto
Voltar a brilhar...

O tempo passou...
O outono se foi...
Como muitos outros...

O vento calou-se...
As folhas já não caem...
Olho a calçada tudo limpo...

Nada mais para olhar...
Apenas essa tristeza de...
Esperar... Esperar... esperar

Que logo chegue o outono...
E quem sabe ver teu rosto
Não nas folhas que caem

Mas bem juntinho ao meu
Para que possamos olhar
As folhas a caírem...

E nosso amor brilhar...
Assim como a lua ilumina nossas noites
E o sol ilumina nossos dias


angela lugo


Open in new window
Obras registradas na Biblioteca Nacional
e protegida pela Lei 9610 de 19/02/1998
http://sabordapoesia.blogspot.com/
https://twit...

 
Autor
ângelaLugo
 
Texto
Data
Leituras
3983
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
6
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Angela
Publicado: 06/10/2006 09:11  Atualizado: 06/10/2006 09:11
Colaborador
Usuário desde: 28/09/2006
Localidade: Caldas da Rainha
Mensagens: 567
 Re: Nosso outono amor!
Gostei muito do teu poema.
Para mim o Outono é uma época de melancolia... E senti-a ao ler-te mas no final vi um raio de sol anunciador de esperança e é isso que dá ânimo.

Beijinhos.


Enviado por Tópico
Junior A.
Publicado: 07/10/2006 11:55  Atualizado: 07/10/2006 11:55
Colaborador
Usuário desde: 22/02/2006
Localidade: Mg
Mensagens: 890
 Re: Nosso outono amor!
Gostei por demais do poema. Mas onde descreves como: Nosso. Diria meu,apenas meu outono, pois jamais há de ser dois este que agora se desvanece em um.
Cá, onde estou a contemplar o outono, as lágrimas caem como as folhas, mas nunca se apaga este rosto, que ficara como nódoa a machucar...Mui bueno poetisa