Poemas : 

SONETO DA TOTAL INDIFERENÇA

 
despida/disposta a morte gargalha
e bate na porta do pesadelo
e brilha cego o fio da navalha
minha loucura cultivo com zelo

com calma costuro minha mortalha
à vida não faço nenhum apelo
e assim não sendo que deus não me valha
caminho só não preciso de tê-lo

se nada me assusta nada me assombra
conto os meus dias na ponta dos dedos
a golpes de pau matei minha sombra

e foi que enterrei todos os meus medos
venha temporal meu barco não tomba
à merda se faço versos azedos

___________
júlio


Júlio Saraiva

 
Autor
Julio Saraiva
 
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Enviado por Tópico
Karla Bardanza
Publicado: 14/12/2010 11:23  Atualizado: 14/12/2010 11:23
Colaborador
Usuário desde: 24/06/2007
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Mensagens: 3263
 Re: SONETO DA TOTAL INDIFERENÇA
Leão

triste soneto.

ka


Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 14/12/2010 11:27  Atualizado: 14/12/2010 11:27
Membro de honra
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Localidade: Braga
Mensagens: 8095
 Re: SONETO DA TOTAL INDIFERENÇA
bom dia Júlio, e à merda mas é a tristeza, o azedume e a morte.
beijo meu amigo.
RS


Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 14/12/2010 11:59  Atualizado: 14/12/2010 11:59
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Mensagens: 4246
 Re: SONETO DA TOTAL INDIFERENÇA
Soneto que combina com o dia de hoje,
chuvoso, plúmbeo. Um estilo que muito
me agrada. Não dá para passar indiferente.
bjs


Enviado por Tópico
VónyFerreira
Publicado: 14/12/2010 13:53  Atualizado: 14/12/2010 13:53
Membro de honra
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Localidade: Leiria
Mensagens: 10301
 Re: SONETO DA TOTAL INDIFERENÇA
Triste mas belo soneto,
como nos habituaste, Júlio.
Fica bem!
Vóny Ferreira


Enviado por Tópico
fotograma
Publicado: 06/03/2013 15:50  Atualizado: 06/03/2013 15:50
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Mensagens: 1473
 Re: SONETO DA TOTAL INDIFERENÇA
concordo com a Alice, fera mesmo