Poemas : 

«« Dó ««

 
Sinto uma frieza medonha
Que me tolhe os músculos
Cansados por noites de insónia
Ao olhar é irrisória
É sentir pobre e minúsculo
Este frio que me corrói, e se entranha
Como pó por entre frestas
Acumula-se entre gavetas
Entre memórias vadias
É feio como estrias
Em peles pelo sol queimadas
Emoções aniquiladas
Este frio bafiento
Entra na mente e vagueia
Por um tempo que já é ido
O sussurro de um gemido
Solta-se na noite e incendeia
O meu recordar lento
Trespassado pelo pó

Que entrou e me achou só
Remoendo o meu viver
No frio do amanhecer
Das noites que não tem dó

Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/
http://escritatrocada.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
650
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Angela.Rolim
Publicado: 16/12/2010 21:11  Atualizado: 16/12/2010 21:11
Colaborador
Usuário desde: 11/11/2010
Localidade:
Mensagens: 1160
 Re: «« Dó ««
Belo e intenso!