Simplesmente te peço,
Eco de saudade e de vozes irreconhecíveis.
Simplesmente te peço,
A sabedoria dos recantos infinitos,
Proibidos e selados de mil perguntas.
Não me ofereças hipocrisia,
Falsas teias de mistério.
Só quero descobrir,
Porque o desconhecido, assim o é.
Quero ouvir os sons,
De há mil milénios atrás,
Rochas de pétalas,
Inebriadas pela tinta que gasto.
Se escrevesse ao futuro,
E me enterrasse no passado,
Desconheceria teus rancores?
Tuas mágoas, felicidades,
Lágrimas biformes?
Traz-me um espectro de ti, pode ser?
Espero por ti, aqui, no passado.
A poesia é a alma, a alma, somos nós, por conseguinte, nós somos poesia...
Imagem: olhares.com Autor: EduardoNunes