As carruagens são de bois pastando
O café deve ser colhido antes do fim do ano
As moças vestem preto no ano novo
As Minas são Gerais e comem o pão de queijo
Humores na vaga noite recebendo visitas
Homens mendigam a meia noite
O sorriso largo desfila na Praça do Coreto
Brinquedos no Parque entretem balanços solitários
Os cavalos aguardam a montaria
Belas Pedras de São Tomé
A terra é do rei Pelé
Junto a estatueta da menina
Os cabelos encaracolam cantigas
Sina solitária do rio verde
Navego triste no mar de chão marrom
É despedida, refrão, desilusão,
Comer a carne de boi e beber a cachaça salina
Resta o quadro, a pintura de tela imperfeita,
Refresca a memória da infância perdida
Num tempo de mariposas as hortências são violetas.
Diana Balis
Diana Balis, Três Corações, Minas Gerais, 12/2010
Re: Tela Imperfeita
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