Sonetos : 

«« Espalhafato ««

 
Acordei pensando que o dia é interminável
Que sou força variável, igual ao vento
Tão depressa é forte, como é impalpável
Logo sou pedra, a tender cabeça de vento

Viro p`rá a esquerda sou pedaço de papel
Viro p`rá a direita, esboço um lamento
Se fico ao centro entro num carrossel
Ai Jesus, indefinição que não aguento

Tenho dias assim, nada sou nada quero
Espeto a cabeça, espero, desespero
Sinto-me pião rodando sobre o eixo

Paro para pensar, dou por mim estou no ir
Levanto a cabeça, e farto-me de rir
Olha o espalhafato que me pende do queixo.

Antónia RuivoOpen in new window


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
677
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 04/01/2011 10:52  Atualizado: 04/01/2011 10:52
 Re: «« Espalhafato ««
É UM DIA DE AZAR TALVEZ ANTÓNIA MAS SERIA.
UM ABRAÇO E UM GRANDE POEMA
AMANDU


Enviado por Tópico
mim
Publicado: 04/01/2011 10:54  Atualizado: 04/01/2011 10:54
Colaborador
Usuário desde: 14/08/2008
Localidade:
Mensagens: 2857
 Re: «« Espalhafato ««
Tenho dias também assim...deixa lá que o soneto ficou muito bom!
Adoro o teu macaco...é Alentejano?

Beijocas amiga