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Solidão!

 
Solidão!

Entre choros aflitos, entre gritos de dor
Nos chãos sombrios e frios, abandonados
Almas despidas de amor, perdidas
Nas correntes da vida apressada...

Cai a lagrima do avô sozinho, ali
Entregue as quatro paredes do imóvel
Fala baixinho para si mesmo, conversa
Quem sabe se para seu anjo da guarda!

Entre as grades da minha mente, assolada
De revolta, de lamentos sombrios e tristes
Eu sinto dentro de mim a solidão cravada
Como punhais afiados no meu peito aflito...

Pesam como chumbos a solidão que a noite
Trás, impiedosa, justa e melodramática
Que deixa escutar os gemidos que estremecem
O nosso medo da nossa incompreensão...

Mas a solidão também é justa e boa
Quando nos deixa descansar em seus braços
Refletir nossos erros e nossas metas
Para que um dia não sinta mais a solidão revoltada

É justa a minha solidão, mas será justa da criança
Que um dia foi abandonado? A Do meu velhinho?
Aquela que esquece na garrafa atirada na rua
Entre passeios, chuva e degradação da vida...

Ou aquela que aquela mulher que vende seu corpo
Entre lagrimas de repudio, nojo, mas de necessidade
Para a fome matar, a fome dos infelizes e solitários
Que a própria solidão arrasta para mundos incompreendidos...



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Betimartins
 
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