Poemas : 

M.A.P.A.

 
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Poupem-me os poemas de amor,
esses versos que vos mastigam.
Poupem-me tamanha dor
em que vós próprios instigam.

Todos têm o seu momento
para sofrer o entendimento
da estranha forma de sentir
que é negar o sentimento.

Não são mais palavras
de reflexão que levam à razão,
são só mais contas
num problema à procura de solução.

Por isso poupem-me o desgosto
nas lágrimas do vosso rosto.

Culpem-me de não mentir
mas o amor é um monstro.

Poupem-me o vosso espanto,
voltem a amar sem sentido,
se do amor restar outro tanto
é por amor não ter sido.
 
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GDS
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