Poemas : 

DOCE AMNÉSIA

 

DOCE AMNÉSIA


Naquele tempo
entardecia como voavam
as borboletas azuis..
e quando o zéfiro balançava
os ramos dos guamerins
deixando cair aquelas frutinhas
vermelhas que tingiam a boca das crianças
e espargiam no ar um perfume adocicado
que foi se enfraquecendo, lentamente,
até perder-se no tempo:
pois as imagens da infância
nunca chegam inteiras
à idade madura:
(Há sempre um esquecimento)...

E bendita seja
essa perda de memória
que bloqueia tantas coisas
liberando como lembranças
apenas a brisa distante,
mas que ainda tem
o perfume dos guamerins
e o encanto das borboletas azuis...

Uma música:

http://www.goear.com/listen/7b1768f/o ... musica-e-arranjo-jbmendes
 
Autor
JBMendes
Autor
 
Texto
Data
Leituras
806
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
4 pontos
4
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/02/2011 18:04  Atualizado: 19/02/2011 18:04
 Re: DOCE AMNÉSIA
Ainda bem que nossa memória guarda os bons momentos vividos!
Parabéns amigo JB,amei!

Abraços ternos!


Enviado por Tópico
Rosangela
Publicado: 20/02/2011 11:31  Atualizado: 20/02/2011 11:31
Membro de honra
Usuário desde: 27/12/2010
Localidade:
Mensagens: 1429
 Re: DOCE AMNÉSIA
Poeta JB.

As imagens da infância nunca chegam inteira, tenho por certo que as imagens que chegam inteiras são aquelas que nos marcam ficam no registro da memória.
Deixo de presente uma imagem minha.

Abraço poético
Open in new window