Naquele tempo entardecia como voavam as borboletas azuis.. e quando o zéfiro balançava os ramos dos guamerins deixando cair aquelas frutinhas vermelhas que tingiam a boca das crianças e espargiam no ar um perfume adocicado que foi se enfraquecendo, lentamente, até perder-se no tempo: pois as imagens da infância nunca chegam inteiras à idade madura: (Há sempre um esquecimento)...
E bendita seja essa perda de memória que bloqueia tantas coisas liberando como lembranças apenas a brisa distante, mas que ainda tem o perfume dos guamerins e o encanto das borboletas azuis...
As imagens da infância nunca chegam inteira, tenho por certo que as imagens que chegam inteiras são aquelas que nos marcam ficam no registro da memória. Deixo de presente uma imagem minha.
Querida amiga e inspirada poeta Rosangela - Agradeço comovido o seu belo e oportuno comentário: O único!...Adorei a sua imagem linda como o você.... Um abraço afetuoso JBMendes