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Tempestade azul...

 
Tempestade azul...
 
Tempestade azul


Nada levarei no meu barco vazio;
Senão a ténue ilusão
De uma tempestade azul,
Junto ao velho cais...
Navegarei contra o vento;
Quantos os que me acharem no caminho;
Na esperança antiga de te encontrar
Outra vez mais dentro desse mar negro.

Cheguei sem rumo algum
A terras ainda desconhecidas
Não vi rostos nem olhares,
Nem florestas, nem vida
Nem desertos de areias finas
Ou vazios negros que se perecessem.

Não vi nada nem sinal de ti.
Mas hei-de mim
Ver-me desistir um dia;
De coisa alguma,
Muito menos que procurar-te!

Jamais esquecerei essa tempestade azul
Junto a esse porto de despedida;
Junto ao adeus que acenavas
Mas que eu não dei a ninguém.
No teu olhar essa breve tempestade azul.
Na mão que me acenas;
Meu eterno porto de abrigo...
 
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Blackbird
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