Poemas : 

[como querer-te a espaços]

 
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como querer-te a espaços
entre a lua minguante e o verso quebrado
se não sei de ti que este sinal na carne
dardejante o verbo repetido em flor
de dizer-te noite baixa que o alpendre
ou noite alta que
como querer-te a espaços
são as palavras todas mantos diáfanos
pueril aço dobrado na ponta da língua
do bosque onde o canivete no tronco
da árvore carpindo chôros equívocos de
sem o saber, sem o saberes
no vitríolo do amor o alto zénite
nessa trajectória pantagruélica do Hélio-rei
o teu nome, curva, traço, espero-os
meu bem, sempre aqui tão de perto,
como querer-te a espaços


 
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joão_sete_dentes
 
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Enviado por Tópico
Liliana Jardim
Publicado: 16/03/2011 14:54  Atualizado: 16/03/2011 14:55
Usuário desde: 08/10/2007
Localidade: Caniço-Madeira
Mensagens: 4412
 Re: [como querer-te a espaços]
Ola João

Gostei do teu poema, escrito com sensibilidade e realidade. Mas Sabes não é fácil querer alguem em espaços, porque acabamos por querer tudo desse alguem em real.

Beijinhos
Tudo de bom para ti