Poemas : 

Privada da Verdade

 


Enraizei-me no azulejo do
Meu banheiro, foi isso mesmo.
Que aconteceu.
O meu pé entrou no buraco
Da minha pobreza
A água molhou a cabeça
E, o sangue misturou-se dentro
Do ralo, existiam água, homem
E tristeza
Um espelho que pensei que fosse
Azulejo mostrou a face horrorizada
pela fragilidade de
Um gay
Tive coragem no momento de
Gritar, pelo corte que mostrava
Sua verdadeira personalidade.
Meu vaso sanitário comparo
Com o céu da minha boca
Tão sujo, porém doce
Pois é nele que eu gero os
Meus filhos e idealizo minhas
Mulheres e, na louça branca
Do meu cérebro cuspo a vida
De milhões de seres e, depois
A água lava a minha hipocrisia,
O meu banheiro é reinado dos vermes
Acho até que o Papa fixou
Resistência nele por algum
Tempo junto com os seus
Primos
E. masturbam-se até para
Lúcifer

A Plebe Poética:
Miguel Vieira, Ed.. Ribeiro e Antonio Rodrigues.


 
Autor
MVSPROFESSOR
 
Texto
Data
Leituras
596
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Gammaghost
Publicado: 18/04/2011 12:49  Atualizado: 18/04/2011 12:49
Muito Participativo
Usuário desde: 11/01/2011
Localidade:
Mensagens: 52
 Re: Privada da Verdade
uHUUUUUUUUUUUU muito bom!
Parabéns, teu texto se narra só é um verdadeiro expetaculo!

abraços!