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DIANTE

 
Diante do jazigo
a dor que trago comigo
é calmo paliativo.
Diante do túmulo
a dor é o acumulo
que ainda vivo.

Diante da expiação
mais enternece o coração
com todas as chagas.
Diante da piedade
a dor que me invade
é tão doce praga.

Diante da abnegação
a dor é forte oração
que me leva ao alívio.
Diante da tristeza
a dor causa estranheza
em meu convívio.

Diante da prece
a dor mais parece
um suave conforto.
Diante do fato
a dor que exalto
em meu destino torto.

1.998

 
Autor
José Souza
 
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Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 01/10/2007 20:54  Atualizado: 01/10/2007 20:54
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 Re: DIANTE
Um poema feito de dor. Sombrio mas bonito.