Ganho pernas na esperança
De só te ter
Finalmente
Sozinhos no mundo
Fazer parte de um sistema ou não!
Dar amor na praia descoberta
Nas dunas sem dono nem ninguém
É nadar em lágrimas
Com o peito cheio de ar
Já sofre
Das desventuras da vida
Comove-se da entrega divertida
Do amar
Alcançar sem tomar a vista
Mas no tacto se envolver
Cruzar num canto
Hábeis ditos populares
Francos suíços arrebatar
Pérolas de entendimentos a nadar…
Na praia cheia do suor
Da fatalidade bruta do amor
Do roncar da locomotiva
E salto como um demónio com asas
Na esfera mais pura e cintilante!
O interior da gente!
O eclipse solar
Do sonhar material mete
Nas curvas doces das ondas
Refresco suave caindo
Do orvalho do medo
Porta fora fugindo
Gotas, pedaços de prazer
Desgastar nos corpos
Subtileza protegida ao amar!
Algo empírico me arrasta
Turva visão se agachou
Inteligência nobre se assumiu
Nas longas estradas do mar
Penetrar na força do vento
Levado nas ondas
Comer
Ou não!
Dignar-se a fazer-se à estrada
Amolecer num canto
Virado pardieiro
No consultório sentado
Zangar depois do mal
Acometer-se bailando!
No jugo esperto da tempestade
Cair e espezinhado acordar