Poemas : 

Confissão

 
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Assim que a bela morena parte no primeiro transatlântico branco
e joga ao mar de sentimentos tolos aquela mala sem alça,
chega o velho pneu negro boiando

Recheado de eu te amos, saudades vãs e milhões de palavras,
nele se agarra o desprezado. E com todo o despreparo, dá-lhe
de versos pobres. A cada lágrima, mais um se vai publicando

Tudo bem que a causa é nobre. Mas com o tempo se percebe,
que afundou a ilha da fantasia ou não é por aí que se faz poesia

Assim vivi, assim aprendi, mas verdade seja dita:
Ah, saudade filha da puta! Volto ao início, quem diria
Apesar de ter-me salvado a escrita, continuo tentando.


<Peers>

 
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Gabriel-Peers
 
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 04/07/2011 13:41  Atualizado: 04/07/2011 13:41
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Confissão
Bom dia Gabriel, seus versos narram um personagem atordoado com as demandas afetivas não atendidas por distanciamento da sua desejada mulher, pois bem este é o universo das afetividades, judiam muito mais do que afagam, e a poesia serve para se fazer o escoamento desta dor acumulada, parabens pelo seu instigante poema, MJ.

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 04/07/2011 15:05  Atualizado: 04/07/2011 15:05
Membro de honra
Usuário desde: 31/03/2008
Localidade: Braga
Mensagens: 8104
 Re: Confissão
nesse percurso de tentativas no amor e na escrita vai-se aprendendo, umas vezes a enganar, outras a ser enganado. raro é acertar à primeira.
gostei imenso do poema, diga-se.
Roque