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DE CORAÇÃO PERDIDO

 
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Ando de coração perdido.
Sem norte ou aviso,
sinto-o bater cá dentro,
à deriva de um certo sentimento
que não acho nem me encontra...
coisa de pouca monta,
digo eu,
mas ao meu coração,
não sei o que lhe deu,
pulsa aqui, pulsa acolá,
exige-me urgência ao ar,
viaja-me sob a pele,
inquieto e inconstante,
rasga suspiros ao peito,
bate-se a torto e a direito,
como se não coubesse no corpo
onde nasceu...
Sem achar porto,
navega-me incerto,
das têmporas ao sexo,
ora longe, ora perto,
latejando ritmos nas veias
que lhe servem de caminhos
e o trazem a destinos
que me levam às ameias
da loucura!
E alucino,
endoideço,
ora lembro, ora esqueço,
ora quero, ora não quero
o que sei que nunca chega
mas ele sabe que espero...
Será por isso que dizem
que as razões do coração
nunca cabem na razão?...

Ah, este meu órgão infecto,
se ao menos eu pudesse
esmagá-lo como a insecto
quando ele me passa a jeito
nas curvas da inspiração!...


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 28/07/2011 15:19  Atualizado: 28/07/2011 15:19
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Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: CORAÇÃO PERDIDO
Boa tarde Sterea, seu coração apresenta todos os sintomas de uma intensa paixão, parabens pelo seu instigante poema, MJ.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 30/07/2011 00:51  Atualizado: 30/07/2011 00:51
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17925
 Re: CORAÇÃO PERDIDO
Já me sinto até suspeita... rs! Como é bom te ler...mas não sei explicar. bjs

Enviado por Tópico
FatinhaMussato
Publicado: 31/07/2011 00:10  Atualizado: 31/07/2011 00:10
Colaborador
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Mensagens: 2051
 Re: DE CORAÇÃO PERDIDO
Olá, Sterea!

Não creio que andas de coração perdido, mas sim de coração que achou o que queria para si: o amor!
Belo e intenso o teu poema, poeta querida!

Beijinhos,

Fatinha.

Enviado por Tópico
crstopa
Publicado: 03/08/2011 04:35  Atualizado: 03/08/2011 04:35
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Mensagens: 87
 Re: DE CORAÇÃO PERDIDO
Ah, o coração a pulsar, e sem achar saídas... Mas, e o olhar? Abre, por entre impossíveis caminhos, trilhas que o coração tenta seguir... e se perde? De tudo, fia a certeza: o Acaso governa...