Poemas : 

O Fim da Poesia

 
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Mãos...

Minhas mãos
Outrora instrumentos
Da alma
Hoje se lançam exoráveis
Ao céu
Buscando a razão do fim
Da poesia.

Pobres mãos
Agora a pouco se prestam
Apenas secam o pranto
Dos meus olhos
Outrora altaneiros
Outrora absortos
Em magia e lirismo
E hoje pragmáticos
Se rendem ao ordinário

Meus olhos obtusos
Só vêem o óbvio
Minhas mãos estão cegas...
Para a poesia...


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Autor
AndreVianna
 
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