Crónicas : 

SANIDADE

 
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Eu vi os monstros horrendos que perseguem a sanidade…
Assemelhavam-se a cães, mas andavam de pé como os homens. Os seus corpos eram uma mistura de homem com cão. Eram negros como a noite. A tapar as partes baixas, tinham uma espécie de saia, feita de um tecido magnífico de cor dourada. Parte do peito, ombros, pescoço, e cabeça eram feitos de ouro. Mas o ouro era como pele. Era flexível. As cabeças eram de cães. E do ouro duro abriam-se bocas horrendas com dentes enormes. Os olhos eram como uma luz vermelha. As orelhas eram asas de ouro. Emitiam sons arrepiantes que aterrorizavam, gelavam os músculos e arrepiavam os ossos. Transformavam o dia em noite. A felicidade em agonia.
Na mão direita traziam uma espada negra e dela saia um fogo de cor azul que hipnotizava.
Eles passaram por mim, porém não me tocaram, nem me viram, pois eu era sonho. E eu sendo sonho, não me podem tocar.
Se um monstro for sonho, aí está a perdição. Pois se os monstros forem sonho, não há como fugir.


“Para amar o abismo é preciso ter asas…”

 
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Transcendente
 
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