Sonetos : 

CRIANÇAS COMPUTORIZADAS

 




Às vezes queria um pouco de sossego
Para entender as pessoas, suas nuances
Mas não há nada aqui por teu segredo,
Que faz com que de longe as alcances.

Vive-se num mundo frio e desgarrado,
Onde ninguém porém conhece ninguém
É um mundo de ofertas, desconcertado,
Em que, por tua força, tentas ser alguém.

Bicicletas paradas, em jardins de aço…
Crianças computorizadas, de celular…
Onde, aqui, que não vejo, a força do braço?

Que o homem se erga, de uma só vez,
Que nos traga pergaminhos com que pensar,
Quando se exigir que lhes mostremos a tez.

Jorge Humberto
09/10/07






 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
744
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Paloma Stella
Publicado: 11/10/2007 17:14  Atualizado: 11/10/2007 17:14
Colaborador
Usuário desde: 23/07/2006
Localidade: Barueri - SP
Mensagens: 3514
 Re: CRIANÇAS COMPUTORIZADAS
Adorei este soneto dos nossos tempos atuais.

Parabéns pelo contexto.

Mas poeta, o termo correto é "COMPUTADORIZADAS".

Beijinhos