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As Miragens...

 
As Miragens...

No mar inquieto, negro e severo
Meu barco navega, friamente
Ao sabor do vento, das ondas
Em canções de ninar, encantar
Ele apenas balouça, duramente
Entre tempestades organizadas
Embalando os pobres marinheiros
Rasga trovoes faíscas, ondas gigantes
E minha nau lá vai se desgastando
Entre tormentos, segredos e sonhos
O negro azul se funde com a escuridão
Poderosas nuvens, como elas se aproximam
Parecem algas destrutivas e demoníacas
Já não sei se meu barco balança, ainda?
Nem mesmo se ainda sinto a tormenta
Apenas escuto as vozes de anjos aflitos
Entre cantos encantados, serão as sereias?
Serão dos cantos do dia final, do julgamento?
Não sei quem eu sou mais, não sei mesmo
Serei arvore, serei água, serei apenas o vento?
Não sei, meu corpo já me rejeita, apodreceu
Minha alma deveria estar límpida e calma
Seu ser apenas deveria subir até as estrelas
Brilhar bem lá no alto, trazer seu manto de amor
Navegar por firmamentos, ser a luz e a esperança
Mas não eu não sou mesmo, apenas uma nau
Que vai balouçando, lentamente tristemente
Não me condenes, oh! Simples mortal, Não!
Entre as minhas miragens, eu vou rumando
Lentamente e ao meu real porto seguro...





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Betimartins
 
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