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Na reentrância da noite

 
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Torno a roçar-me no reflexo vítreo do corpo
navegar num céu dourado, coberto de pólen
pendurar-me na corda que prende o rastilho
emergente da janela do meu olhar insípido
atear-me nas fagulhas púrpuras de ti, poesia
no anseio de ser simplesmente ….presença

Traço os contornos das palavras impressas
dos versos cilíndricos das silenciosas vogais
trajo de alento as vagabundas consoantes
num denso mar alvo de insónias palpebrais

A noite adormece quieta na orla do desejo
e as heras despojadas crescem enregeladas
na confluência febril das entranhas caladas
perdidamente perco-me em ti desnudada

Escrito 02/10/11


 
Autor
Liliana Jardim
 
Texto
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Enviado por Tópico
girassol
Publicado: 02/10/2011 15:14  Atualizado: 02/10/2011 15:14
Super Participativo
Usuário desde: 02/10/2011
Localidade: Lisboa mesmo ao lado...a levo de braço dado.
Mensagens: 194
 Re: Na reentrância da noite
Um resplendor de vida sua Poesia.

girassol


Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 02/10/2011 17:36  Atualizado: 02/10/2011 17:36
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Na reentrância da noite
Boa tarde Viviana, sua personagem faz uma regressão, para se reafirmar em seu viver, e termina por conceber a idéia de que precisa do seu amado nesta sua empreitada de vida, parabens pelo seu instigante poema, MJ.