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A alma do Maribondo

 

Reamanheço em todas as manhãs
quando eu me acordo sóbrio e vivo!
Viver é amar, sorrir é ser livre.
Intimida-me a infelicidade,
doe-me a tristeza
e sendo rude o desviver, acho a agonia
e já próximo de chorar meu coração me olha,
diz-me com a intenção de alguma glória:
faz um verso, declame-o, beba a vida.


Sou um pai diferente com filhos estranhos,
habito estrelas, sou um faraó sem cama,
moro no olho da rua dentro de casa
e se minha carne amarga, a minha alma é doce.

O velho chegou, o menino foi embora...
e ainda há um verso que chora reclamando,
dizendo-me que família é maribondo
que ferroa e ama, uma praga do vento...
um inchaço que desfigura a face humana e chora.

 
Autor
Paulino Vergetti Net
 
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