Nunca vemos o amor chegar,sò o vemos a ir embora.
Estou numa estação de comboios,sentada num banco de pau,completamente sò.
Perdi o teu comboio e não quero apanhar nenhum outro.Està frio.Um vento seco e cortante faz com que me encolha como um bicho de conta.
Jà não ha sonho,já não dádiva,os dias voltaram a ser cinzentos e tristes.
Trabalho,respiro,durmo e tento esquecer-te. Deixei de falar de ti e de dizer o teu nome. Em vez disso tenho o coração embaciado de duvidas e o olhar desfocado pelo absurdo do teu silencio continuado...
Como te disse há pouco tempo,num daqueles momentos raros em que baixaste a guarda e me telefonaste,consumido de saudades,tu escolheste nunca descer do cavalo. Não tive por isso outra escolha senão a subir a uma torre e por la ficar até que alguem me lance uma escada e me traga ao colo de regresso ao mundo.
Há aparências de dureza que ocultam tesouros de sensibilidade e de afeto.