Despedida

Adeus, com tudo o que definitivo a palavra encerra, daqueles para nunca mas voltar. O barulho ensurdecedor desta espelunca já há muito vinha afectando os meus delicados ouvidos. È com mágoa que me despeço, dando por terminada uma corrente que muito me tem inspirado. Mas já não aturo mais o dono da espelunca com a mania, que serve mal e porcamente, os empregados regiamente pagos que se vão embora por dá cá aquela palha deixando-me ao abandono. Não, não chorem por este meu fado, vil nas experiências mas profundo nos sentidos, vou e não volto.
(Discurso proferido, á porta da tasca do Chico lapão depois de ter apalpado o posterior á melhor empregada que lá pulula, e ter confundido as mamas de uma outra com a asa da caneca (que querem? O perfil era exactamente igual!) O António muito aborrecido porque se acha no pleno direito de usufruir em exclusivo destas maravilhas convidou-me amavelmente a sair: Ponha-se no caralho…)