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O guarda roupa assombrado

 
O guarda roupa assombrado.

Era uma hora da madrugada, de repente, pum! A porta do guarda roupa bate com toda força, olho para os lados e nada, nada eu vejo e tudo esta em seu devido lugar...
Assustada, eu tento ver se existe alguma corrente de ar, mas nada, estava tudo normal, levanto-me da cama e volto a fechar o guarda roupa, saio do quarto e vou a cozinha buscar um copo de água, senti uma secura fora do normal na minha boca.
Sinto algo a tocar na minha perna, por momentos assusto de novo, mas logo escuto o miar meigo da minha gata Bianca, uma bela gata branca, fogosa e meiga, contente por deixá-la ir dormir comigo.
Desligo as luzes e volto para o meu quarto, com a Bianca em meu colo, logo ela se encosta-se na minha perna, feliz por estar dividindo o espaço comigo, ali. De repente ela mia bruscamente, desesperada como se alguém a incomodasse e já meio sonolenta a mando calar-se para poder dormir afagando sua cabeça.
Duas, da manhã volto a ser acordada pelo abrir das portas do guarda roupa, mas ainda com mais estrondo que a outra vez anterior, a gata mia, desesperada, assanhada querendo lutar com as paredes, por momentos senti uma dor forte na cabeça, parecia que furavam os meus olhos.
Não podia ser e não era real, eu estava vendo sombras a sair do guarda roupa, não era uma e nem duas eram tantas que assustava, elas iam e vinham flutuando pelo ar, pairavam sobre mim e sobre a minha gata. Os meus cabelos estavam em pé, queria gritar, mas não saia voz, queria sair dali, mas não tinha força para poder levantar e sair dali.
Comecei a escutar vozes estranhas, horrendas, gritos, alguém me tocava apenas via as sombras indo e vindo, de repente tudo para ali, parece uma trégua, um momento para eu poder respirar, engano meu.
Respiro fundo, tento organizar as minhas idéias, mas nada fazia acalmar, nisto sinto um cheiro horrível, parece a ovos podres, enxofre e sabe-se mais lá o quê...
O barulho parece querer rasgar todo o guarda roupa, a madeira parecia desfazer em pedaços, o cheiro ia ficando mais forte, intenso um fumo estranho pairava no ar, todo o meu ser arrepiou-se até as entranhas, o medo era avassalador, atroz, como fugir dali?
Olhei para a porta do quarto, eram tantos os vultos ali a pairar, ameaçador, horrendo e mais visível no olhar, nisto minha gata, salta aterrorizada pela porta fora, fiquei só ali, entregue as sombras.
O frio ia ficando mais intenso, cruel demais sentir-me ali sozinha sem ninguém, apenas os fantasmas que estavam por ali, quis gritar, pedir ajuda, mas estava sem forças, o que quer que aquilo fosse estava sugando as minhas forças. Escutei uma gargalhada, forte e poderosa, senti algo me puxando para o guarda roupa, algo viscoso, fedorento e repugnante, não queria olhar, o que era gelava até os ossos, abrindo os olhos repletos de tanto medo, Meu Deus!
O fantasma era horrendo, desfigurado, tinha bichos horrendos saindo pela boca, caiam em mim, que horror... Ajudem-me!
Não conseguia mais respirar, devo ter desmaiado, sei lá, mas sinto algo quente no meu rosto, abro os meus olhos, confusa, era a Bianca que estava acordando-me de um grande pesadelo... Ufa, que bom a ter comigo ali, eu pensei que era real...

Betimartins




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Betimartins
 
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