Prosas Poéticas : 

SUMOS PRIMEVOS DE QUALQUER LUGAR

 
 
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Gê Muniz

SUMOS PRIMEVOS DE QUALQUER LUGAR

Havia muita coisa não explicada.
Uma dimensão no espaço, inteirinha,
adormentada:

A flor de cambuci,
os aromas deliciosos e podres de roldão,
os pés espetados nos gravetos espalhados
pelo gigantesco e delirioso bosque...

Risos esgarçados ao fundo... Bem ao fundo...
Tios, primos, avós e os sumos primevos de qualquer lugar...
Um profundo acaso tão raso quanto inatingível
e o rasgar-me nessa memória recidiva que não se explica...

Um reviver integral de naturais e intuitivos sentimentos,
(até o como eu enroscava a camiseta listrada nos galhos)
isso tudo que me exaspera de reais irrealidades; sim, esse túnel...

Incrível como fui e sou, em resumo, o mesmo
de como nada há a acrescentar ao imo do meu ser,
de jamais em essência um algo novo além da obviedade
assim, tão intima, de tão bem me desconhecer...

- Gê Muniz -
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/12/2011 00:11  Atualizado: 15/12/2011 00:11
 Re: SUMOS PRIMEVOS DE QUALQUER LUGAR
da história, o poeta se reescrevendo num poema. (sem medo de ser simples assim). gostei muito.
valeu mano Gê, aquele abração caRIOca.
zésilveira


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/12/2011 00:26  Atualizado: 15/12/2011 00:26
 Re: SUMOS PRIMEVOS DE QUALQUER LUGAR
Somos eternos estranhos num corpo que é nosso, ou assim parece. Gostei de te ler. Um abraço, caro Gê.