Luso-Poemas
 
Poemas : 

A Balada do Incorrigível

 
Tags:  Poema Vazio Punição Dor Desafio Escárnio solidão  
 
Eu já não me importo, creio que nem mais percebo
As punições que recebo
A primeira vez é assustadora
A segunda, um desafio
Os outros números são apenas mais alguns escárnios e risos

Se já virou hábito ou tradição
É algo encoberto de razão
Razão um tanto diferenciada
Da qual você está acostumada

Eu já sei o que me aguarda
No final de alguma jornada
E sempre valerá a pena
Mesmo que isto arda
(Quase uma nova alvorada)

São seus atos constantes que fazem valer a pena essa pequena dose
De dor e satisfação numa entrose
Que injetada na alma, se revela valorosa como pode

Quando, por fim, entenderá
Que não há (quase) nada que me atrele ao seu mundo
Que posso fazer tudo que anseio e me jogar até o fundo
(Por que você irá me buscar apenas para me dizer alguns sussurros
E então, involuntariamente, me deixará navegar até o mais distante mar ?)

Quiçá logo compreenda
Que não consegue cobrir detalhes com qualquer emenda
Que há alguém capaz de transformar em ruinas o que já foi lenda

Mas, como já dito, eu não me importo, não mais implico
(Eu sou livre como a ventania)
Sou indomável de um modo que você jamais imaginaria
Sou insubordinável de um modo que jamais seguraria
Foi erro seu acreditar que me iria me ter
Foi ilusão minha acreditar que iria me render

 
Autor
Sophie Wilde
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
794
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
4 pontos
4
0
0
Recentes
O Pássaro e a Raposa
Bolero de Bordel
A Balada do Incorrigível
Aleatórios
A Balada do Incorrigível
Bolero de Bordel
O Pássaro e a Raposa
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 20/12/2011 03:35  Atualizado: 20/12/2011 03:35
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: A Balada do Filho da Ventania
Confesso que andei um pouco à volta neste seu texto, até porque Filho da Ventania induz-me em Liberdade, e não aprisionamento "se já virou hábito ou tradição", ou "mesmo que isto arda", como se "(quase uma nova alvorada)" tudo pudesse transformar.
"Quiça logo compreenda
(sem dúvida que) foi ilusão minha acreditar que me (se) iria render"
"não me importo, não mais implico", neste pressuposto de que "(Eu sou tão livre como a ventania)" sinceramente retirava o "tão", mas.... excelente o seu texto. Obrigado.

Abraço-te


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/12/2011 10:13  Atualizado: 20/12/2011 10:13
 Re: A Balada do Filho da Ventania
ADORÁVEL POEMA, QUE ENCANTO

MARTISNS

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre