Poemas : 

Vai do hábito

 
Vai do hábito
 
Sinceramente
As cartas e as crisálidas estão
todas na mesa
acenda-se mais um cigarro para
não sentir tanto o frio na
mão direita, a que mais segura
sinceramente
já não se importa.

Entretanto o olho esquerdo
lacrimeja teimosamente
sinceramente
as cartas já na mesa e as
crisálidas, esmurradas, lixo com elas
descansam noutro lado qualquer

(e o maço corre já a meio,
sinceramente)

Pelo que haveria de dizer
Á medida que os carros cismam
estrelas cadentes em fundos
decadentes,
saber que o rascunho ficou
traçado e mesmo assim
ensaiar uma asneira imprevista
ao invés de girar para casa,
sinceramente,
não aprende, insiste
no mais que há a queimar.

Envolta em paninhos quentes
Sinceramente,
não faz muito mais que isso.
Em si mente.

 
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MEduarda
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Enviado por Tópico
João Marino Delize
Publicado: 20/12/2011 16:22  Atualizado: 20/12/2011 16:22
Membro de honra
Usuário desde: 29/01/2008
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 Re: Vai do hábito
O cigarro... bem o cigarro serve como o ópio em nossas horas de preocupação e nervosismo.
Crisaldas... Crisaldas são as lagartas se transformando em borboletas, no mais eu não sei como explicar o seu poema, mas entendi o significado.

abraços