Sonetos : 

Centelha

 
Passas por mim e não me vês indago
Ao vento norte porque passas sem me olhar
Indago ás pedras da rua porque ao passar
O vento passa correndo frente ao largo

Ao largo da longa planície onde vagueia
Uma saudade desnuda que soluça no vento
Recolhe pedaços de terra solta um lamento
Ergue tão alta centelha sem saber semeia

Pedaços de mim do meu sentir em campo aberto
E tu que passas por mim sem me ver ou ter
Que soltarás afinal no meu modesto viver

Será que um dia se tocam por fim as mãos
Será meu amor o dia sem fim o presságio
Da sorte que separa o que na vida é fortuito

Antónia Ruivo
http://porentrefiosdeneve.blogspot.com/


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
805
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
3
0
1
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/01/2012 01:11  Atualizado: 10/01/2012 01:11
 Re: Centelha
Bem, eu de passagem, vi. E gostei. Parabéns.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 10/01/2012 09:44  Atualizado: 10/01/2012 09:44
 Re: Centelha
SEU POEMA SEUS ENCANTOS, MARAVILHA

MARTISNS