Aqui de onde estou o dia-ano veio novo.
Veio em sol alado, travando batalhas
com nuvens, passageiras negras sobre a paisagem.
E muito vento.
O vento dá às árvores uma animosidade mais,
incita todas a dançar ao seu bel prazer.
A música que dançam é o uivo do vento
em seus ventres de árvores.
O verde delas e da grama, brinca de tonalidades;
escolhe qual verde ser, sob o sol ou sob as rápidas nuvens carregadas –
querendo lançar-se sobre as terras e o verde todo
em forma de água choro chuva...
Divertimo-nos, Pã e eu,
com os ímpetos de sol e vento que correm com as nuvens de chuva,
flertam com elas,
e as deixam passar, sem choro.