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DIÁLOGO ETÉREO!

 
 
DIÁLOGO ETÉREO!
(ou... o Desvio da Seta)
CONTO

Sempre achei que para voar eu precisaria de asas nem que fossem imaginativas numa utopia alada dos meus sonhos, nunca imaginei que pudesse estar em vários lugares, por mais distantes que ficassem uns dos outros, sem uma propulsão motor-mecânica ou apêndices voadores.
—O que você acha ou imagina, quer agora ou no passado, pouca importância tem na nossa existência atual, esses verbetes são vocábulos que só exprimiam ações sobre a nossa anterior matéria, escrava que era da nossa mente na existência terrena, mente essa que, por sua vez, também era carcereira das nossas almas que, livres como se encontram hoje, são dois espíritos que trazem neles todo o saber amealhado pela nossa estadia no tríduo: matéria mente e alma.
—Acredito em você! Meu caro MAOMÉ! , pois, sendo um profeta fundador do islã, trouxe consigo a sua doutrina inerente ao seu espírito e como resultante de suas pregações terrenas. Quanto a mim, sou um mero cientista cujos predicados trazidos comigo pouca influência tem, ou terá, neste estágio de desenvolvimento etéreo onde um ser supremo já orquestrou e compôs todas as partituras que devemos interpretar ler e seguir individualmente em prol do conjunto, sem desvios que contrariem o diapasão nos determinado.
—Meu amigo DUMONT! Se fosse possível, diria que você está apresentando resquícios de mágoas e se desvalorizando ao tentar desfazer da sua capacidade e conhecimento trazidos com o seu espírito.
O que vale não é o que tenhamos feito, e sim, como fizemos e por qual razão efetuamos as modificações do cotidiano dos nossos semelhantes, tanto no ramo da ciência quanto no da teologia, fé, e outros procedimentos.
A nossa participação, em quaisquer misteres, nunca deverá passar da meta por nós estipulada como futuro ou alvo do nosso desejo e aspiração, o itinerário até ao alvo é da nossa responsabilidade no tocante a linha de visada, no entanto, lançado o “dardo” na direção desejada por nós, o percurso ou o caminho ficará a cargo dele próprio no sentido de:
Aonde vai? Quando vai? Como vai? E, por onde vai?.
O seu movimento recebeu o nosso arremesso suficiente a atingir a meta, contudo, se o aprendiz não se dedicou a sentir a nossa “força” ou compreender os nossos ensinamentos, tão logo saia das nossas mãos, ganhando o vácuo em direção da meta, poderá perder “força” ou ânimo e desviar-se para às margens alheias ao ponto lhe determinado e orientado. Se esse desvio ocorreu por engano, poderá ser corrigido com uma parábola de arrependimento eficaz, no entanto, se for doloso, o próprio peso da culpa levará a seta para fora do caminho pretendido pelo emissor, pior! Mesclará em seu erro os ensinamentos recebidos os transformando à seu bel-prazer na tentativa de justificar a sua falha sem, todavia, reconhecer que o engano é seu, assim agindo, procurará colocar a culpa nos outros, quiçá no próprio arremessador de seus passos .
Isso ocorrendo tanto no campo teológico, científico ou de outras ocupações ou cátedras.
—A maturidade espiritual aprimorou o seu saber, meu amigo! Aceito às suas informações como corretas, acreditando que é a expressão da verdade o que agora aprendi, porém, continuo, embora sem mágoas, entendendo que toda a ciência que estudei e pratiquei não me colocou em nenhum patamar acima dos que nada fizeram ou não tiveram nenhum ensinamento escolar, doutorado ou de teologia.
—Isso está ocorrendo por que você está tentando indumentar o seu espírito com vestes da matéria, tudo o que você reclama se refere ao seu algoz: A carne!
Agora, você está despido desses diplomas, conservando apenas a mente em comunhão com o seu espírito, os diplomas, no presente momento, só tem validade como lembranças ou valores iguais aos que você colocava nas paredes de sua sala.
—Não vou entrar em dialética com você, por que a sua doutrina, tão difundida na Ásia e no Oriente Médio só perde, numericamente, se não estou enganado, para o Cristianismo, sendo pouco conhecida no ocidente, mormente nas Américas, onde o povo confunde o Islã com o fanatismo religioso.
—É O DESVIO DA SETA!
Quando ainda vestia o meu traje material fui forçado a aceitar a “Guerra Santa”, principalmente para defender os meus seguidores, no entanto, coloquei algumas proibições, dentre elas às seguintes:
Não matar:
- Mulheres, idosos, crianças e nem soldados desarmados;
-Não destruir prédios desnecessariamente e, indo mais além, proibiu a derrubada de árvores que, porventura, tivessem ao menos uma folha verde.
Era, praticamente, uma defesa face aos governos e reinos que utilizavam os seus armamentos bélicos contra o meu povo pobre e despreparado militarmente.
Alá e o islã consideram qualquer perda humana como um prejuízo lamentável para a humanidade toda.
—Um cientista é reservado em suas amizades e diálogos, poucas vezes aproveita os lazeres e sempre está procurando pesquisar ao seu derredor por mais insignificante que seja o objeto ao seu dispor ou que se encontre ao seu alcance, talvez por isso, quase não consegue ter amigos, nem nas reuniões com seus pares, onde sempre existe uma ferrenha disputa de descobertas e invenções camufladas pelo manto das “cortinas das vaidades”, em suma:
É um lindo terno ao dispor do defunto ou um frasco de perfume no centro da pocilga.
—A acreditar na sua versão, meu amigo Dumont! Um profeta também tem o seu desconforto ante a matéria:
É um homem chamado de santo, o que o afasta da maioria de seus irmãos por o “Mal” ser solidário apenas contra o ‘Bem “sem admitir o reflexo das boas ações ou orientações, entendendo que elas serão diluentes de suas “forças” malignas, no que eles têm razão, contudo, ficamos isolados de suas conversões a nós e girando ao redor e nos meandros dos nossos adeptos”.
Quando tudo vai bem, temos nossos bustos erigidos nas praças públicas e a nossa face é venerada e mostrada como exemplo a ser seguido, entretanto, quando nossos irmãos vacilam ou se deterioram no aprendizado o utilizando para o seu bem estar ou, arbitrariamente, para forçar ás outras pessoas ou doutrinas a nos seguirem ou a obedecer aos nossos ditames e costumes, nossas imagens, bustos e ensinamentos continuam públicos e ativos para a veneração só, que, nesse caso, lá estaremos apenas como “negativos sugestivos” ou, tal e qual a sua vestimenta no beiral da sepultura ou um perfume inclinado sobre fezes.
Dos nossos ensinamentos só extraíram o que lhes aprouveram na vicinal estrada de seus escusos interesses de dominações culturais, doutrinais, territoriais ou de posses materiais, assim, passamos a ser um mero quadro na parede confirmando o nosso doutorado teólogo, todavia, sem vida e sem a nossa essência para o “Bem” de todos em todos os lugares da Terra. Nós somos o sal da terra e o cerne do discernimento, com a mesma medida que adubamos, praticamos a poda e enxertos, tudo isso na área da alma à caminho da liberdade do espírito, todavia, nenhuma ação temos sobre a matéria a não ser a da moldagem, desde que haja a reciprocidade ou aceite por parte dos “alvos” procurados por nossas “setas” de justiça, amor e solidariedade, temperadas com os bons exemplos difundidos.
—É! Vejo, constrangido, que o cientista na conjuntura dos aprimoramentos das mentes e na conversão dos espíritos, nenhuma atribuição ou cooperação presta para a eficácia do desenvolvimento espiritual do homem.
—Engano seu, meu amigo Dumont, nenhum de nós aprimora o espírito, a única coisa que podemos influenciar é a alma e o seu livre arbítrio.
O espírito, ao se libertar da matéria, é a essência da alma, antes encarcerada, leva, ou trás consigo, todo o saber humano ou extraterrestre, tem ele toda a sabedoria da eternidade, inclusive o cientifico e o teológico.
A alma é uma presidiária desde a formação do feto, o espírito é um liberto alforriado pela decrepitude da matéria ao final do seu ciclo de vida.
—Vou acabar me convertendo ao Islamismo!
—Isso é impossível! Pela simples razão de não ocorrer conversão entre os espíritos, isso só acontece quando existe a matéria sujeita a erros, você poderá ser um profeta como eu ou um cientista, bem como um faxineiro, tudo depende da Divindade que é o nosso relógio infinito no tic-tac dos tempos e de suas decisões.
—Explique-me, meu amigo Maomé, por qual razão Deus permite tanto genocídio, guerras, mortes, bombas nucleares, pestes e tantas outras destruições, inclusive terremotos, Tsunami(s), tufões, secas e doenças entre os seus filhos?
—Novamente, você está fazendo liames entre matéria e espírito, tudo o que apontou jamais atingirá um espírito, que é invulnerável a qualquer ação da matéria, quando isso ocorre é tão somente com a matéria carcereira da alma e, jamais! Com um espírito. Quando Deus deu ao homem o livre arbítrio ele ficou onerado com a obrigação de usá-lo apenas para o “Bem” até a separação do seu espírito, não tendo ocorrido à libertação, todo o mal que o homem faz ao próprio homem ou a natureza não tem nenhuma ligação com o seu espírito e, muito menos com Deus... Ou Alá!
—Então nós somos a essência de nós mesmos?
—Exatamente!
Somos a resultante do duplo corpo e alma, todavia, somos a “seta” à procura do alvo, se os nossos artilheiros (corpo e alma) efetuaram o nosso preparo, fizerem a linha de visada e nos propelirem na direção da meta e, nós, obedientes aos ensinamentos, na certa chegaremos ao bom porto e ao alvo.
No nosso caso, não sofremos alternâncias e desvios, porém, pelo itinerário, como é do seu conhecimento, vem muitos irmãos se desviando tangenciados para as margens periféricas por não terem aprendido ou se interessado em aceitar ou se adaptar a propulsão nos dada, impulso esse que nem precisaria partir de um profeta, sacerdote ou cientista, porque, para a prática do Bem, os ensinamentos têm por faculdade o coração e a mente e não a frigidez dos prédios, templos ou mestres venais.
—O que você tem a dizer a respeito de Cristo?
—Eu não digo, Ele é quem tem a dizer! Está muito acima de nós e nos observa atentamente.
—O quê! Você não é... Islâmico?
—E quem disse para você que Jesus Cristo teve alguma religião ou doutrina orientada pelos homens. Ele era e é o Tudo em Todos e está ao lado do Criador da humanidade como o seu principal interlocutor. O homem foi quem inventou as religiões e doutrinas, inclusive o Cristianismo seguindo a Cristo e o Islamismo seguindo a mim, que, enquanto matéria, orientava o meu povo sendo, ao mesmo tempo, servo de todos.
—O que você tem a dizer sobre o fanatismo religioso?
—Ele não existe!
—Como assim?
—O que temos entre os homens é o “religioso fanático”, em quaisquer que sejam as religiões, doutrinas ou seitas, desde o beato até o terrorista resultante da má formação espiritual, com a sua alma ficando confinada pela matéria que a subjuga e força a se entregar aos atos violentos ou ao orgulho contra os que comungam ou praticam atos ou fé diferentes da sua.
O terrorismo e o fanatismo são produtos da matéria e nunca da religiosidade, exceção feita ao satanismo.
Quando um muçulmano (islamita ou maometano) pratica qualquer ato que prejudique um ser vivente, inclusive uma árvore moribunda que ainda tenha uma folha verde, ele não está agindo pela sua doutrina e, sim, pela bruteza da matéria, pior! Tentando justificar o seu asqueroso ato como uma espécie de limpeza que deva estuprar e aniquilar quem não acredita na sua “religião”.
Todo fanatismo tem cheiro de discriminação rimando com dominação, e não combina com nenhum ensinamento que vise o bem da alma e do espírito no preparo para a “grande viagem”, indo, principalmente, contra o Islã que quer dizer “Rendição”.
As religiões ou doutrinas lá de “baixo” deveriam tudo fazer para encaminharem os desviados ao bom proceder do respeito e proteção à todos indiferente de credos ou até do ateísmo, contudo, não o conseguindo, deveriam bani-los do seu meio e aceitação, colocando um muro os separando, porém, o ideal seria haver uma ponte com corrimões de regeneração os amainando e dando-lhes frinchas escoaduras de retorno à margem perfeita da doutrina.
Na impossibilidade total da corrigenda, que eles sejam incorporados ao satanismo recebendo uma tarja igual à dada a Cain, o segundo homem da terra.
—É tão bom ouvi-lo que estou quase me tornando um Islã!
—Mais uma vez você está se confundindo, aqui não existe Islamismo nem sou profeta, apenas somos “raios de luz da eternidade”! A nossa “fé” terminou com a libertação do nosso espírito, no momento somos a essência de Deus e estamos escalando os degraus em direção ao seu reino.
—Eu não sou um “raio de luz”, a minha ciência levou-me a inventar o avião e ele acabou, em meados do século passado, com duas cidades japonesas, a semana passada, exterminou milhares de pessoas na América, acredito que o meu espírito veio para perto do seu por um “desvio da seta”! Propelida pelo “Arqueiro do Universo”.
—Isso é impossível!, Meu caro amigo cientista, se você veio para cá é por que teve méritos e fez por merecer, lembre-se que o que tem validade é como e por que fazemos e não o simples ato de fazer, além disso, o uso da sua invenção foi desvirtuado para o bélico, o que não era a sua intenção ao inventar o avião, lembre-se, também, que, no segundo caso, no ataque às torres gêmeas e ao pentágono com a direção de pilotos suicidas, se encontravam no comando das aeronaves vários dos meus seguidores desviados dos ensinamentos do “Alcorão”.
Foi, novamente, o desvio da seta!
Quando foi inventado o avião, ele, como matéria, ficou estático nos aeroportos para a sua missão principal de transportes, aguardando o triunvirato matéria, alma e mente para pilotá-lo, a partir daí, nenhuma responsabilidade você tem ou teve pelo mau uso da sua invenção, restando-lhe o mérito do “por que” e “para que” o tenha inventado como foi apenas para o transporte, nenhum demérito lhe coube. Com a saída livre do seu espírito, nos encontramos aqui.
—Meu único consolo como cientista e de inventor, é o relógio de pulso.
—Que também são usados em bombas terroristas e para outros crimes!
—Meu Deus! Não tinha pensado nisso, e, como sempre vem ocorrendo ultimamente, utilizado de forma errada pelo seu “povo” maometano.
—Novo engano! Qualquer pessoa de qualquer doutrina e, principalmente ateu, usa as bombas para terrorismo, roubos, assassinatos etc. utilizando os relógios para retardar a explosão dando-lhes tempo de fuga ou prevê-la antecipadamente. É necessário não generalizar qualquer ato brutal ou criminoso o colocando como matriz ou bandeira de qualquer grupo, agremiação ou povo, isso é uma forma errônea de julgamento.
Para se destacar algo ou dar-lhe um reflexo positivo de autoria, é preciso desnudar-se dos trajes das conjecturas indo diretamente ao cerne do evento, tal qual um ventilador projetado num areal onde a fina areia é espalhada residualmente, ficando na base os objetos mais pesados e não voláteis que servirão de pistas da verdadeira origem e culpabilidade pelos fatos. Não investigando a fundo, podemos esbarrar nos “desvios das setas” passíveis de uma parábola para retornar ao caminho e os confundir com os culpados, o que acabará por inseri-los na imputação do erro, o que enxovalhará sua moral que, na verdade, se encontrava apenas em zig-zag à procura do caminho correto. É o que vem acontecendo com a acusação contra o Islã que sempre é confundido com os terroristas de uma forma que, até os que estão no caminho certo em direção de Alá, são envolvidos e acusados pelos que não têm o conhecimento pleno sobre eles, portanto, sem gabarito para as acusações e julgamentos com prévia condenação sem defesa, o que não é novidade, Cristo foi assim julgado, condenado e crucificado!
Qualquer investigador inteligente sempre partirá do “local do delito” à procura do criminoso, os mais parvos e despreparados, procuram o caminho mais intrincado, portanto, mais complicado, iniciando às suas investigações à partir dos suspeitos para o local do delito, dessa forma, muita injustiça e imputação falsa é cometida em nome da verdade.
—Meu amigo Maomé! Por apenas uns momentos, aprendi com você o que não consegui apreender em toda a minha vida na terra, apesar de ter-me formado em doutorado pela faculdade terrena.
—Eu posso dizer o mesmo a seu respeito meu amigo Dumont.
—Mas... Eu quase nada falei!
—Há uma grande diferença entre falar e dizer, falar, até os animais irracionais o faz, todavia, dizer! É preciso conteúdo que o justifique, sua falta faz escapar a junção ou batuta regente das palavras ou vocábulos. Quando você colocou a disposição da humanidade o maravilhoso avião, fê-lo para uma maior mobilidade de deslocamento “dizendo”, com isso, que estava liberando o “céu” para o tráfego das pessoas em seus diversos afazeres, turismo, bagagens etc., no entanto, alguns “falantes” conduziram a sua invenção para a guerra, extermínio e o mal.
O relógio de pulso deu mais presteza a comunidade para que fosse “dito” a nós os instantes em seus exatos momentos de consulta e consecução dos misteres, porém, falanges de “falantes” do mal o utilizaram para a marcação das explosões de seus petardos malditos.
Além disso, você estava tentando colocar em vôo algo mais pesado do que o ar. Em Paris, o seu 14 Bis, sem nada falar, todavia, dizendo tudo, fazia com que inúmeros inventores e cientistas no mundo todo se esmerassem ao máximo para seguirem os seus passos inventando ou criando alguma coisa para o bem de todos.
—Agora entendi tudo, meu amigo Maomé, às suas profecias para a humanidade “dizia” e demarcavam à sua doutrina para o Bem de todos, inclusive dos Cristãos e outras religiões, no entanto, uma parcela de seus seguidores não procuraram o cerne das suas palavras que, para eles, eram apenas “falas” das quais não assimilaram o conteúdo a não ser para os seus interesses pessoais e escusos, a esses, a sua oratória não dissera nada, sendo recebida e não digerida nas suas verdadeiras diretrizes ou “arremesso da seta!”.
—Exatamente! E, com isso, os que não procuraram entender o Islã verdadeiro, acabaram por nivelá-lo por baixo colocando, no mesmo degrau, os desviados ombreando com os verdadeiros filhos de Alá, Javé ou Deus! No ocidente, lamentavelmente, somos iguais ao abacaxi em que, a primeira vista, é apenas um fruto cheio de espinhos e escamas fibrosos, não procurando nos conhecer melhor, nunca chegarão à polpa macia e adocicada, ou, como a feia ostra que trás em si a valiosa e rara pérola.
O Mal é sedutor e escamoteador, não conseguindo vencer o Bem o mascara às vistas do observador neófito, causando julgamentos precipitados e injustos. Confundir um islamita puro com um terrorista fanático, com o devido respeito, é o mesmo que fizeram ao seu Cristo os romanos e sacerdotes da Antigüidade, julgaram sem defesa e condenaram sem culpa o filho de Deus e, quem sabe? ... De Alá!
—Resumindo, em forma de posfácio, vou me referir a um provérbio de um meu coestaduano “poeta” que ainda está na terra, o seu nome é “Baracho”:
Não condenes nunca o Islamismo nem desfaças de ninguém, por que o Cristianismo sem jaças... Saiu do barro também!

Ps. 1) - Sou católico apostólico romano, no entanto, por isso mesmo, as verdades têm que serem propaladas e não devem ficar sujeitas a certos dogmas.
2) – O suicídio de Drumond deixou uma lacuna imensurável para a humanidade! Todavia, tenho a certeza de que ele não receberá nenhuma pena divina pelo impensado gesto, nos moldes do meu poema a seguir:

RÉQUIEM PARA UM SUICIDA!

Oh! Deus dos perdões impossíveis!
Retire de nós o martírio dos castigos
Causados por nossa carne perecível
E secionada por nossa vontade vilã.

Deposite no éter às nossas obras,
Porém, não pese o nosso desatino
Na mesma balança de eqüidade
Da benfazeja alma que desgarra!

Separe do joio o trigo puro
Crescido da mesma rama afim,
Mas, não jogue na fogueira,
O teu filho pelo gesto impuro!

Se alguém, em momento de angústia,
Separa a alma do corpo carcereiro,
Terá como acusador mais ferrenho
O seu passado do gesto derradeiro.

A alma sai do corpo violentado
Levando consigo ao julgamento
Toda bondade que o âmago emana
Pela fluidez do bem antes praticado.

Só será castigado o suicida
Que tiver a alma enlameada
Por más ações praticadas
Durante a vida desregrada.

Se até o carvão gera a luz.
Do lodo nasce também o lírio,
Por que o suicida não irá a Jesus
Apenas por um erro de delírio?

(aa.) Sebastião Antônio Baracho.
conanbaracho@uol.com.br


 
Autor
S.A.Baracho
 
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