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RAIOS RELAMPEJANTES!

 
 
RAIOS RELAMPEJANTES!

De um século para cá, vem ocorrendo inúmeros acidentes e incidentes meteorológicos, com um grande número de vítimas humanas e animais, principalmente, em locais de maiores altitudes, muito procurados pelos raios dilacerantes, antecedidos de relâmpagos ofuscantes.
Só nestes primeiros dias do terceiro milênio, os raios mataram mais da metade das pessoas, igualmente atingidas em todo o ano próximo passado.
Pela nossa cronometragem, vassala do antigo império romano, está começando a trilhar o terceiro milênio, entretanto, a idade do nosso planeta registra muito mais milênios já vencidos.
FICA NO AR UMA PERGUNTA:
Qual a razão pela qual, a cada ano que ultrapassamos, vem aumentando o número de raios projetados contra o nosso solo planetário sem haver uma média aritmética dessas projeções oriunda das nuvens?
O normal na natureza, que é sábia e nada deixa perder sem aproveitar, seria que, a variação dos números dos raios a nós dirigidos, tivesse uma aproximação média seqüente, ou seja, não deveria aumentar a intensidade e, sim, expelir os raios medianamente, havendo apenas a ressalva no tocante ao clima e densidade pluviométricos de cada região.
Se o número de raios vem aumentando constantemente, alguma coisa está intervindo na atmosfera terrestre adulterando os seus ditames de “nada perder em vão, tudo transformando!”.
O raio é projetado de uma nuvem em várias direções, a saber: para o infinito, para outra nuvem, para o solo ou, do solo, o recebendo, essas variações são como uma imensa granada que, ao explodir, forma um leque em várias direções, contudo, o raio tem proporções infinitamente mais poderosa e letal, além da agravante de também vir de cima para baixo.
Uma coisa é certa! Não há ataques covardes ou traiçoeiros por parte dos raios, eles sempre se fazem anunciar por fenômenos da natureza muito conhecidos dos homens, ora, com as nuvens carregadas, ora, com chuvas ou a aproximação delas e, sempre, se fazendo acompanhar da claridade majestosa de seus relâmpagos ou de um trovejar tonitruante. O que dá tempo para a maioria das pessoas, que estiverem em perigo, se protegerem dos seus malefícios desde que tenham os conhecimentos necessários para tal esquiva.
Os raios têm o cognome de “MAL DAS PONTAS” em razão dos mesmos serem atraídos pelas projeções naturais ou artificiais, podendo cair em antenas, metais, árvores (principalmente as isoladas), pessoas em destaque nos altiplanos, condutores de energia elétrica e telefônica, mares, lagoas e rios em que, nas águas, haja minerais apropriados à conexão com eles e, muitos outros exemplos.
Ainda não temos escudos com capacidade suficiente para nos defender dos raios, pelo menos individualmente, a única defesa que se sabe, é a colocação de pára-raios, que tem por função atraí-los para a terra desviando-os das pessoas e prédios, mesmo assim, algumas faíscas, às vezes, desviam-se causando estragos aos animais e materiais.
Quando eu era jovem, estive garimpando diamante numa várzea e residindo num rancho de sapé com três amigos, certa tarde, nos encontrávamos deitados enquanto um temporal ocorria do lado de fora, de repente, um raio alcançou uma alavanca, num dos lados do único quarto, e ficou praticamente dançando para cima e para baixo, um senhor idoso que estava conosco nos avisou:
NÃO OLHEM E NEM RESPIREM EM DIREÇÃO DO RAIO!
Segundos depois, ele desapareceu terra à dentro, ocasião em que vimos que a alavanca estava, parcialmente, apoiada num chinelo de borracha, perguntei a razão pela qual tinha nos orientado a não olhar para o raio e nem respirar em sua direção, com ele respondendo:
“QUANDO UMA FAÍSCA FICA DANÇANDO DESSA FORMA ATÉ A NOSSA RESPIRAÇÃO EM CONJUNTO PODE ATRAÍ-LA”
Não sei por qual razão, contudo, acreditei naquele senhor.
A crendice popular faz com que pessoas menos avisadas acreditem que fumar durante uma tempestade de raios ou deixar espelhos a descoberto os atrai, o que não tem amparo científico.
Nosso planeta tem três partes de água para uma de terra, pelo menos é o que se vê do zênite, essas águas, pelos seus componentes minerais, são, por si só, uns excelentes chamamentos dos raios.
Um astronauta russo disse, ao ver a terra pela primeira vez do espaço, que o planeta era azul.
Alguns extraterrestres observadores do planeta, já fizeram relatórios para seus gestores dizendo que a terra era o “PLANETA DAS PONTAS” OU “DOS RAIOS RELAMPEJANTES”.
Se continuar crescendo a incidência de raios com o aumento de mortes de pessoas e animais, não demorará algum governante inventar a secretaria dos raios relampejantes com a finalidade única de conseguir empregos para os seus aliados, sempre à espera na fila dos relacionados para o famigerado “cabide de emprego”.
A potência dos raios é infinitamente superior a qualquer blindagem terrena conhecida, lutar, frontalmente, contra ela é debalde desfaçatez, a única forma de amenizar os efeitos dos raios, é deles desviarem-se antes de sua chegada ou, atraí-los para um local em que não consigam ter uma ação destruidora.
Sem querer ditar normas, os governantes deveriam por em pauta o “assunto raios” o entregando às secretarias da educação e da ciência e tecnologia, que, assim determinados, orientariam o público em geral de como escapar de tão funesto perigo, para tanto, através de todos os meios de comunicações em voga, darem uma direção de defesa a todos nós.
Os ensinamentos da vida, através da minha maturidade, me instruíram a respeito e, agora, passo a todos os que lerem essas algaravias, o que aprendi com o tempo passado:
Raio é uma descarga elétrica entre uma nuvem e o solo, acompanhado de relâmpagos e trovões;
Relâmpago é a luz ofuscante, rápida e intensa, que provem da descarga elétrica que gerou o raio.
Para negacearmos, antecipadamente, a produção e expansão do raio, temos que tomar, entre outras, as seguintes providências:
NAS CIDADES:
Ao primeiro sinal nos dado pela natureza climática, desligar todas as tomadas elétricas e desconectar todas as antenas, quaisquer que sejam elas;
Afastar-se de todo tipo de metal, inclusive fogões caseiros, geladeiras, colheres, garfos e outros;
Caso a vinda dos raios seja muito intensa e seqüente, é aconselhável até tomar a posição fetal eliminando, assim, as “pontas” do corpo;
Sair de perto de piscinas, grandes tanques de água, gramados e jardins onde tenham árvores, principalmente, se uma delas estiver isolada, em razão de suas pontas;
Não ficar debaixo de postes com condutores de energia elétrica ou telefônica ;
Evitar atender ou telefonar nos momentos críticos;
Não permanecer descalço em local em que haja água, por ser ela excelente condutora de energia;
Não acreditar que, estando motorizado sobre pneumáticos, esteja livre, lembre-se de que o raio vem de cima e poderá alcançá-lo antes de ser perturbado pelos pneus;
Não ficar próximo a animais, principalmente cachorros e gatos, pela razão deles terem fortes imantações nos pelos...
Outras defesas que o meu parco conhecimento não me permite difundir poderão ser facilmente adquiridas através de livros, bombeiros e cientistas.
NO CAMPO:
Além da maioria dos conselhos inseridos acima para os citadinos devemos, também, seguirmos os seguintes:
Estando em planaltos, colinas ou montanhas, procurar descer para um local mais embaixo para evitar que o seu corpo sirva de “ponta” para o raio, caso não haja como sair, nunca se esconder debaixo de árvores, o que poderá ser feito é deitar-se e esperar passar a tormenta;
Afastar-se o máximo possível das cercas de metal, principalmente às de arame farpado ou aço:
Evitar homiziar-se próximo do gado vacum ou ovelhum por causa de seus pelos que tem muita energia magnética, e, suas respirações, também servirem de atração para as faíscas. Certa vez tomei conhecimento de que todo gado que estiver com seus focinhos para os lados das cercas metálicas acabam fulminados pelos raios, o que não ocorre com os animais que estejam virados para o lado oposto às cercas. Observação: se isso é crendice popular não vale a pena arriscar, dado à força inclemente e desigual dos raios em relação a nós.
*
Como disse no principio, o aumento gradativo dos raios foge a toda magnitude conhecida, algo está perturbando a natureza e, quando isso ocorre, podemos, sem sombra de dúvida, culpar o ser humano que é o mais inteligente em relação aos outros seres viventes, contudo, menos sábio quando se trata de não intervir ou modificar o que não conhece muito bem.
Embora seja também um do clã humano, OUSO, mesmo sendo completamente leigo em ciência, meteorologia e outros ensinamentos análogos, referir-me a alguns eventos que poderiam estar influenciando a natureza e, essa, defendendo-se, nos manda os seus raios que, diga-se de passagem, são suas espingardas “de encher pela boca” em relação do seu poderio inegável, basta lembrar-se dos terremotos, vulcões, tsunami, tornados e outros, hei-los:
Só no século próximo passado, desde o seu início, a humanidade vem desenvolvendo-se desordenadamente, passando de pouco mais do que homens do campo para das estrelas, sem nunca lá ter estado e nem conhecer o seu próprio planeta, uma vez que, aqui perto, no alto Jequitinhonha, tem locais que nunca um ser humano pisou quanto mais na Amazônia, nos abismos dos mares ou geleiras glaciais, essa rapidez de invenções não permitiu aos homens avaliarem os prós e os contras, contudo, ficando sempre satisfeitos com os “prós” relativisando as desvantagens que só os fariam arcar com despesas, desse modo, inventaram e construíram barcos a vapor e depois com energia de outros combustíveis e elétricas. Aviões para transportes os transmutando, também, para as guerras. De dinamites passaram a fortes petardos os transformando em energia nuclear e bombas atômicas, sempre com a esfarrapada desculpa de que eram assim modificados para a defesa de quem os possuíssem.
Destruíram, e ainda destroçam cada vez mais, as matas, que já deixaram (já de muito tempo) de serem virgens, ora, usando o machado e serras elétricas, ora, o fogo que as queima e, com elas, os habitantes da sua fauna.
Os países menos desenvolvidos e, portanto, mais pobres, dentre eles o Brasil, fabricam ou montam veículos automotores de várias categorias os vendendo em seu território, porém, às nações do primeiro mundo, dessa forma mais rica e exigente, exporta os mesmos veículos acrescidos de filtros que lhes contenham a poluição:
NÃO SEI QUEM ESTÁ ENGANANDO QUEM! Em razão de tal fato igualmente prejudicar os que recebem os carros com filtros, pois, o zênite da terra é o mesmo para todos e a nossa poluição irá atingi-los igualmente, tenham, ou não, os filtros.
De o inferno nuclear com testes de bombas atômicas acho que nem preciso entrar em detalhes, está patente e latente o perigo que eles causam para todos, inclusive a quem os pratique.
A quantidade enorme de gases agressivos, expandidos para a atmosfera em nome do progresso e da necessidade humana, é como colocarmos um veneno lento, porém, letal, em nossos alimentos com a justificativa de que tenhamos que exterminar os nossos parasitas intestinais, a atmosfera já está reagindo retirando de nós a camada protetora de ozônio, o nosso intestino, caso receba o veneno lento, também reagirá, contudo, não retirará nenhuma camada preferindo gangrená-la.
Grandes fábricas de todos os tipos de produções, principalmente químicas, viram suas possantes e grandiosas chaminés apontando-as para o apogeu infinito, tal e quais canhões bélicos, momento em que lançam suas fumaças venenosas que, em contrapartida, são muito piores do que os obuses dos canhões, com isso, mais uma vez, é atacada a natureza que não tem padrasto e se prima por um paradigma milenar de a tudo tentar modificar sem o prejuízo da perda. A cada ataque feito pelo homem ou pela sua cibernética, a natureza responde não se defendendo, porém, tentando modificar ou reciclar, dessa forma, os gases químicos que não atingem a camada de ozônio ficam bailando, descontrolados e sem padrões, na atmosfera do nosso planeta, acabando por receberem um dos outros e do meio ambiente os elétrons necessários para se energizarem ou eletrizarem, ficando, desse modo, qual um sistema virtual das “pontas” acumuladas embaixo ou... Um prolongamento delas! Receptáculos maravilhosos para os raios atuarem e se dirigirem lampejantes para eles quando os ultrapassam pela sua pouca profundidade caindo diretamente no solo do planeta.
SE O QUE ATÉ AQUI ESCREVI PODE PARECER APÓCRIFO OU UTÓPICO, ESPERO QUE ALGUÉM PROVE A ESTE NINGUÉM DO CONTRÁRIO...
O homem está praticamente sem rédeas em nosso mundo, não fora isso, como explicar a prática dos mais absurdos desatinos contra o próprio homem, a ponto das guerras terem mais honra do que os assassinatos covardes que se tem noticias, diuturnamente, por todos os meios de comunicações, essa falta de controle aliado ao desinteresse, não permite a nenhum governo conseguir amealhar os seus governados numa campanha de sanear a humanidade evitando que ela, sem aviso, ataque a natureza, milhões de vez mais fortes do que ela, e, assim sendo, vamos ficar esperando até que os raios sejam trocados por outras hecatombes piores, porque , A NATUREZA TEM ARMAS PODEROSÍSSIMAS E, APENAS, NÃO NOS QUER DESTRUIR E, SIM, MODIFICAR.
Quando não se tem uma solução viável, razoável ou ao nosso dispor, e o ataque vem poderoso sobre nossas cabeças, centro de nossas “pontas”, temos que nos agarrarmos a qualquer arrimo, mesmo que ele seja considerado uma crendice popular ou simplória. O que não podemos fazer é permanecermos estático à espera do pior, qual um avestruz a enfiar sua cabeça e pescoço num buraco qualquer deixando a descoberto o restante do seu corpo à mercê do perigo.
Se o raio vem de cima, se não podemos nos esconder nas entranhas da terra nem desviarmos para a periferia do mundo, uma coisa podemos fazer:
AO EM VEZ DE DESCERMOS, QUE O FAÇAMOS PARA O NOSSO INTERIOR Á PROCURA DE UMA CHAMA DIVINA OU DE MATURIDADE, QUE NOS POSSA ORIENTAR NA FUGA DA TEMPESTADE, ERRONEAMENTE, PROVOCADA POR NÓS MESMOS OU POR NOSSOS PARES...

De uma coisa tenho certeza: Se algum dia me encontrar em uma situação em que não possa evitar um raio, vou tentar chutá-lo para longe de mim, pelo menos de uma coisa não tenho duvida: O meu pé não retornará para a terra nos doada de graça e tão queimada, lacerada, escavada e massacrada pelos meus próprios irmãos de jornada!
Segundo mês do terceiro milênio.

(aa.)Sebastião Antônio Baracho.
Fone (031) 3846 6567.
conanbaracho@uol.com.br

 
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S.A.Baracho
 
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