Poemas -> Dedicatória : 

Altitude

 
Meio palmo, meio buraco, meia coisa
perto de zero, sem ser negativo,
Magra, excelsa e perfeita.
Furacão, tempestade, terramoto,
um pedaço de céu e de chuva.
Um ponto no horizonte, um ponto de interrogação,
um ponto sem retorno, um sorriso eterno…
A desgraça, o destino,
O limite do perdão.
O limite do divino: a vida!
O olhar, a mirada, o semblante,
o ar, o jeito, a pose e a postura.
Insónia…
Uma loucura da cor da íris
e a serenidade de uma certeza,
Terna como uma caminhada sempre em frente:
Enviuvará!
Parirá!
Sonhará!




Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

À minha filha Matilde de 2 meses.
 
Autor
Rogério Beça
 
Texto
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