Poemas -> Dedicatória : 

Agradecimento ao fado

 
arrisco o improviso,
arrisco atirar-me ao vento
e sentir o prejuizo
de me enudecer sem temperamento...

na anterior jornada
sem contar achei o meu cantinho
possa minhalma estar enganada
e engasgada com inquinado vinho...

Eu que um luso portentoso
me qualifico,
escrevo poemas à minha maneira...

O que é espantoso
é que embriagado fico
sem alcool tocar, que bebedeira (de alegria)!


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
Texto
Data
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1728
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