Poemas : 

Catavento

 
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A farsa sóbria do dia-a-dia,
no vai e vem dos ventos sociais,
Sopra sempre de acordo.
De acordo em acordo se faz a ventania
que se escolhe onde ventar.
Venta nas ventas dos vultos em vão;
o vil pavio da moral queima voraz.
Sempre há tempo, nunca é tempo.
Quanto tempo o tempo tem?
Acorda!
Vê se é hora de ventar contrário,
vê se voa sem aviso ou rumo,
Vê se plana.
Planeja uma fuga, suma.
Assuma o fio da navalha,
Vai que valha algo além...
o além dos aléns e o confim do além.
Além do mais, tudo é farsa.
Disfarça e faça!
Voa!

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Autor
thiagodebarros
 
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