Sonetos : 

Venho de longe

 
Tags:  lei    canseira    bobo da corte  
 
Open in new window

Venho de longe

Venho de longe, talvez de um nevoeiro
Venho cansado pela estrada que andei
Com roupas rasgadas e pouco dinheiro
E nem me recordo mais aonde eu andei

Outrora fui rei da minha grande corte
Agora nem por bobo eu me passarei
Quem antes foi grande e muito forte
Já está sem norte e quase fora da lei

Hoje sou saudade sem o bem e o mal
Já estou meio insosso quase sem sal
Não sei o que tenho e o que eu perdi

Vou vagando nesta estrada desigual
Muitos já me veem como um marginal
Talvez eu nem saiba, mas eu já morri.

jmd/Maringá, 18.02.12


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
Texto
Data
Leituras
1294
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
JBMendes
Publicado: 18/03/2012 18:00  Atualizado: 18/03/2012 18:00
Autores Clássicos
Usuário desde: 13/02/2010
Localidade:
Mensagens: 5222
 Re: Venho de longe
Estimado potsa Delize - Outro belo soneto sobre o nosso envelhecer...
Um abração.
JBMendes

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/03/2012 01:14  Atualizado: 19/03/2012 01:14
 Re: Venho de longe
um poema que traduz a verdade de muito, porma belo