Poemas : 

Axioma

 
Enquanto só jardins vazios os nossos olhos,
Desprovidos de quaisquer futuros,
Plenos de nada e fixos na luz noturna do adverso;
Eu fico.

Em se esperando apenas o minuto seguinte,
Posto que está na mesma incompreensão do ontem;
Calando-se cicatrizes;
Dedicando-se unicamente à dimensão do agora,
Imersos na durabilidade incontestável do dia;
Eu fico.

Enquanto nossos corações ausentes;
Nossos corpos imperfeitos igualmente livres,
Um no outro tatuado;
Nossos íntimos intocados,
Preservados no silêncio do longínquo;
Eu fico.

Pedra, Capim, Sertão insone, Água de doer.

 
Autor
Amora
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Enviado por Tópico
Rogério Beça
Publicado: 22/03/2012 13:37  Atualizado: 22/03/2012 13:37
Usuário desde: 06/11/2007
Localidade:
Mensagens: 1929
 Re: Axioma
Numa primeira leitura parece uma oração...
muito forte e poético este teu poema querida amora.

Beijos


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 23/03/2012 02:11  Atualizado: 23/03/2012 02:11
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17925
 Re: Axioma
água de doer...
enquanto o sertão não vira mar,
meu tim anda em coma sem ti.
E tu? abusas em poesia!
Abusada! beijo para depois!
o de agora e o de antes...