Poemas : 

«« Não ««

 

Procuro no vento o elo que esqueci
O caminho perdido água que bebi
A morte, é um punhado de pó vadio
Apesar de tudo denso mas arredio

Indago, quando a morte chegar
O que esperar de lembranças ociosas
Um amor de faz de conta, matreira
É a vida, uma canseira inútil, mentirosa
A noite ao abeirar empurra o desejar

Pela valeta vazia airosa e caprichosa
É a vontade que renego, não
A palavra dita por vezes em surdina
Não, mil vezes não, a morte é ardina
Que grita nos tempos vindouros
A falta de tacto, a falta de amor
Na cor deslavada de uma rosa

Que murcha sozinha embalada pelo vento
Desalento no choro escondido
Falta de tempo que teve, um amor vivido
Sonhado e corrido, foi no vento que o escrevi.

Antónia Ruivo

http://escritarubra.blogspot.pt/



Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
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Antónia Ruivo
 
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Enviado por Tópico
FatinhaMussato
Publicado: 01/04/2012 16:46  Atualizado: 01/04/2012 16:46
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 Re: «« Não «« / Antónia Ruivo
Olá, Antónia!

Um poema reflexivo a falar da morte
e dos sentimentos por ela inspirados!
Gostei muito de ler!

Beijinhos,

Fatinha.