Poemas : 

Ritmo Boreal

 
Beijei ressabiadamente a saudade
Tentando garimpar o ócio na solidão,
Auscultei o carinho que banhava o coração
Solfejando rimas que lembravam minha mocidade.

Foi intensa a ternura que bradou no silêncio
Que me vi capitular nos átomos da melodia,
Tatuei notas defumadas no crepúsculo da sinfonia
E uma canção anatômica eclodiu desenhada em incenso.

Um ritmo aveludado tingiu a aurora boreal
De um ritual catatônico, rico e confessional
Que me elevou a uma quadrante potência de embevecimento...

Nos arranjos dedilhados numa harpa melindrosa
Percebi que a música convulsionou-se na arte venturosa
De um rebanho de repertórios que tocava o sentimento!

 
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imelo10
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