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Soneto serôdio

 
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Agora já o chão molhado em espelho
Lhe mostra a antiga idade do seu rosto,
Os riscos carregados do seu cenho
A desvendar-lhe rios de desgosto

Outrora ainda o tempo era menino
Saltitando no riso das manhãs,
Chapinhava em sonhos miudinhos
Sem crer na cruz de chuvas temporãs

Os dias que lhe entopem noites turvas
Não serão mais que as pedras atiradas
Às águas que enganou pelo caminho

De velho já não vê além das curvas
E no céu não atina azuis palavras
Que lhe façam das nuvens pergaminho...Open in new window


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
Le.
Publicado: 23/04/2012 14:39  Atualizado: 23/04/2012 14:39
Participativo
Usuário desde: 05/03/2012
Localidade:
Mensagens: 40
 Re: Soneto serôdio
Fiquei sem palavras....
Esplêndido, Bravo!!!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/04/2012 18:22  Atualizado: 23/04/2012 18:22
 Re: Soneto serôdio
revivo aqui do que sei. silente; segui seus versos com o olhar resignado. belo poema, 'mais grande' a partilha. obrigado
beijo Tera, e aquele abração caRIOca.
zésilveira

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 23/04/2012 20:20  Atualizado: 23/04/2012 20:20
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Localidade: Braga
Mensagens: 8104
 Re: Soneto serôdio
Tão bonito este dizer da idade.
Beijo
Roque

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 24/04/2012 03:55  Atualizado: 24/04/2012 03:55
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17960
 Re: Soneto serôdio
Não é como o rio que escoa sob os pés...
O tempo não devia ter tanta pressa para
restaurar nossa alma. ando assim e seu
poema foi generoso e me acolheu.
Beijo menina azul