Porque ficas aí
Soltando da alma
Pedaços de ti
Como se fossem meus
Porque ficas aí
Sem corpo, sem rosto
Aos olhos meus
Pressinto o calor
Que te sai com calma
Assim como o frio
Que te aperta por dentro
Eu sei Alentejo
Que te corre no sangue
Eu sei mas não vejo
Sei que consome
Pedaços de mim
As rugas de ti
Pedras na ladeira
Que levas às costas
Porque ficas aí
Porque me provocas
Numa escrita subtil
É a mim que invocas.
Antónia Ruivo
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Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...