o inferno nunca fica distante do paraíso...

há quem diga que é um simples fio que separa um do outro,
há quem diga que um não pode existir sem o outro

"Millet sangra
cria a sua própria cor, dentro de mim
a alma vai afundando como uma valsa
minha saudade deixa-me sem pele
e eu
como uma menina
te misturo como se fosse tinta"

Sim Poetisa e pintaste o texto. Excelente. Obrigado.

Abraço-te

Um profundo suspiro retém o sabor das tintas que ora colorem o meu horizonte com volutas azuis...seriam as nuvens que se misturam com a relva e em festa o vento delicadamente penteia...ou os sulcos deixados pelo arado da vida que por tantas vezes abre-se em feridas incicatrizáveis...só sei que a tinta escoa brandamente como se fossem rios que cegos tateia a pele da terra em direção ao mar...
Fico aqui com minha xícara de café sorvendo a tua alma que se desenha em pinceladas fortes a cada amanhecer.
E o que mais posso fazer, senão apenas, deixar-te a beira uma braçada de girassóis...
V.

.

o inferno e o paraíso são namorados, andam de mão dada mas não se dão bem

Vania, embora comente muito pouco é sempre um gosto ler-te

beijo

Li , lá atrás , o "esboço de nuvens a que faltam as mãos", as mãos que tacteiam quando os olhos por mais que queiram ver , não alcançam a luz , porque ... cegaram ! E ... o que mais encontro aqui , bem à frente e na frente , é o céu em forma de concha ... as mãos que de poéticas edificam paraísos ... (que eu guardo) .

Beijos

Sempre maravilhosos teus textos...como pinturas. Este dá até para ler de trás para diante que o efeito é o mesmo... "misturar nos olhos... ou ouvir as árvores conversando com o ar".
Adoro as metáforas que crias minha amiga. Amei!!

Bjs,

ALICE