A água lava,
Mata a sede
Mistura-se e produz saliva
Movimenta-se no saco gástrico
Até se urina (#)
A água corre por muito lado
Agita-se
Aquece e arrefece
É aquilo que quisermos no cerne da poesia
Aflui aos olhos
...é tristeza e alegria
Mistura-se com o sal
...é maresia
Mas só é bela
Na verdadeira pureza
Que a sacia
Na paisagem clara
Que se espelha na mais simples poesia
(#) Não sei se esta palavra fica muito bem num poema de pureza criativa da alma poética? Mas...o meu sentido de humor e a verdadeira natureza estão sempre presentes em mim, fazem mesmo parte da minha natureza. Desculpem se estraguei o poema com uma vontade comum a todos.
Cristina Pinheiro Moita /Mim/