Poemas : 

de partida

 
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não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu


deitado no tempo
....................pouso os olhos
...................................numa janela acesa de um mar azul gaivota


distal
.......os olhos
................presos a uma braçada de tempo



.........................[color=FFFFFF]................e a mesa fendida sustém a maça



.......................memória


da terra pisada
...............o grito vermelho do inferno
....................................amarra-me às raízes de um pardal que não canta


desamável
..............o silêncio da maça

.........................................dentro de um mar que nunca deixou de ser azul



do caixilho
............o encontro da luz que sai com a luz que entra

..............................eu



.........
descubro o belo e o adeus
 
Autor
sampaiorego
 
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Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 10/06/2012 21:42  Atualizado: 10/06/2012 21:42
Membro de honra
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Mensagens: 17960
 Re: de partida
A vontade que tenho é de esconder-me
dentro desse poema, bem assim. bjs querido


Enviado por Tópico
Transversal
Publicado: 20/06/2012 20:09  Atualizado: 20/06/2012 20:09
Membro de honra
Usuário desde: 02/01/2011
Localidade: Lisboa (a bombordo do Rio Tejo)
Mensagens: 3755
 Re: de partida
já tinha lido este texto em tempo, e hoje ao relê-lo
"descubro o belo e o adeus"

"da terra pisada
o encontro da luz
dentro de um mar azul gaivota
nunca deixou de (o) ser, distal o grito vermelho do inferno
(que) sustém a maça,
numa janela acessa
encontro a luz que entra,
desamável(?), o silêncio."

Excelente a construção. Parabéns. Obrigado.

Abraço-te


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/08/2012 19:54  Atualizado: 03/08/2012 19:54
 Re: de partida
Um belo cantar Sampaio aonde o poeta não sai da realidade retratando o adeus como se fosse belo...se calhar em delírio.
Abraços
Luzia