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À procura do indizível

 
Sei que me perco muitas vezes nas profundezas da memória, pela razão da procura de um não sei quê que me possa preencher o vazio evidente deste desalinho que me povoa a existência. Algo em que acredito, existir no vácuo onde se conserva toda a essência de uma vida que já vivi mas que me não pertence... que se me afigura surreal, como se nunca tivesse sido minha. Uma vida que visionei de um patamar superior, pelos olhos de uma alma que se separou do corpo, precisamente no instante imediatamente a seguir ao seu perecimento. Talvez resultante de uma qualquer maleita incurável; portanto, uma outra vida, interrompida e impedida de seguir o que lhe fora predestinado.
Preciso desse indizível que me venha polir os detalhes que a corrosão do tempo calcinou e atirou para a fogueira do esquecimento. É por isso que vou insistindo, teimosamente, no indelével gravado no fundo das minhas lembranças, para me não deixar perder do rasto do princípio. É por isso que volto sempre ao lugar onde tudo começou...


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*... vivo na renovação dos sentidos, junto da antiguidade das lembranças, em frente das emoções...»

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cleo
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/06/2012 12:05  Atualizado: 18/06/2012 12:05
 Re: À procura do indizível
Uma sociedade putocrática que o igual não existe. Existe somente para os que já tem.Uma sociedade anomica, onde um nada funciona. Uma divisão que a desigualdade é construida, pra não exitri o igual.

Um poema para um alto refletir


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/06/2012 21:32  Atualizado: 18/06/2012 21:32
 Re: À procura do indizível
Quando nos deixamos levar pelas palavras...seguimos o caminho da alma.Acredito que as respostas estão ali,como disse,onde tudo começou.Gostei demais deste texto...vi algo neste "olhar" que me chamou atenção, que identifiquei...Parabéns e obrigado por compartilhar.Beijo